O Instituto da Cultura Árabe – ICArabe em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e o Sesc apresentam a 12 edição da Mostra do Mundo Árabe com o tema “Os territórios que nos atravessam”
São 11 filmes exibidos do dia 09 à 16/08 no CineSesc, incluindo o libanês “Para Onde Ir?” de 1957 sobre a migração de uma família ao Brasil e que foi o primeiro filme libanês a ser exibido em Cannes. O diretor e produtor Rami Nihawi é o convidado da Mostra onde vai participar de encontros com o público.
Além dos filmes a mostra também conta com o espetáculo “Al Mutamid” onde um conjunto de músicos interpretam poemas do Rei Al Mut’Amid nas linguas de Andaluzia de Portugal, Espanha e Marrocos.
Quando: 09 à 16.08 no CineSesc
Quanto: 12$, sendo 6$ a meia entrada e 3,50$ para aqueles com credencial do SESC.
Capacidade de 224 lugares.
Espetáculo Al-Mu’tamid, poeta rei do Al-Andalus: Uma Viagem por dez séculos de música, no dia 12.08 às 22h na Sala São Paulo. O ingresso custa 30$ a inteira e 15$ a meia entrada com venda pelo site Ingresso Rápido ou direto na bilheteria da casa.
Programação
09.08 – Quarta
19h Receptivo e cerimônia de abertura da 12a Mostra Mundo Árabe de Cinema
20h30 Para Onde Ir? (dir. Georges Nasser, 1957, 90 min, idioma Árabe)
10.08 – Quinta
19h Yamo (dir.Rami Nihawi, 2011, 70 min, idioma Árabe)
20h30 Cinema da Vela com o diretor Rami Nihawi
21h My Sweet Pepper Land (dir. Hiner Saleem, 2013, 100 min, idioma Curdo – Árabe – Turco)
11.08 – Sexta
19h 3000 Noites (dir. Mai Masri, 2015, 103min, idioma Árabe e Hebraico)
21h Mohanad Yaqubi (dir. Mohanad Yaqubi, 2016, 62 min, idioma Árabe – Inglês – Francês – Italiano)
+ Sanaúd: Voltaremos (dir. José Antonio de Barros Freire, 1980, 30 min, idioma Árabe – Português)
12.08 – Sábado
19h Cinzas de Sonhos (dir. Hachimiya Ahamada, 2011, 88 min, idioma Francês e Suaíli)
21h Assombrados (dir. Liwaa Yazji, 2014, 117 min, idioma Árabe)
Concerto na Sala São Paulo
22h Al-Mu’tamid, poeta Rei do Al-Andalus – Uma viagem por dez séculos de música
13.08 – Domingo
19h Yamo (dir.Rami Nihawi, 2011, 70 min, idioma Árabe)
21h Para Onde Ir? (dir. Georges Nasser, 1957, 90 min, idioma Árabe)
14.08 – Segunda
19h Mohanad Yaqubi (dir. Mohanad Yaqubi, 2016, 62 min, idioma Árabe – Inglês – Francês – Italiano)
+ Sanaúd: Voltaremos (dir. José Antonio de Barros Freire, 1980, 30 min, idioma Árabe – Português)
Participação do produtor do filme Rami Nihawi e de convidados brasileiros que participaram do filme Sanaúd.
21h30: O Sonho (dir. Mohammad Malas, 1987, 44 min, idioma Árabe)
15.08 – Terça
19h Não Alimente seu Cão
21h Cinzas de Sonhos (dir. Hachimiya Ahamada, 2011, 88 min, idioma Francês e Suaíli)
16.08 – Quarta
19h Assombrados (dir. Liwaa Yazji, 2014, 117 min, idioma Árabe)
21h Heranças (dir. Philippe Aractingi, 2014, 96 min, idioma Árabe)
Sinopses
Assombrados (documentário)
Quando bombas são detonadas, as pessoas escapam deixando para trás não só suas casas, mas também incontáveis memórias. O filme é um retrato do exílio, que registra experiências de desterro e profunda insegurança em meio à guerra civil na Síria. O documentário mostra o que representa um lar na vida de uma pessoa através de conversas via Skype e visitas dos donos às suas antigas – e destruídas – casas.
Heranças (documentário)
Ao deixar o Líbano em 2006, o diretor Philippe Aractingi percebe que, assim como ele, seus ancestrais passaram o tempo fugindo de guerras e massacres por cinco gerações. A partir disso ele constrói uma obra delicada, utilizando-se de fotos, vídeos, arquivos familiares, de seus próprios filhos, que interagem sutilmente conforme ele conta a história de sua família em suas viagens pela região do Levante. Um filme sobre exílio, memória e transmissão.
Cinzas de Sonhos (documentário, drama)
Em uma ilha no Oceano Índico, o arquipélago de Comores, uma parte pouco conhecida do mundo árabe, casas desocupadas aguardam a chegada de seus proprietários. Estes lugares sem almas e em construção ocupam toda a paisagem. O mito do eterno retorno é repetido na diáspora comoriana.
My Sweet Pepper Land (drama)
Após a queda de Saddam Hussein, um antigo herói de guerra curdo aceita se transferir para uma remota vila nas fronteiras do Iraque, Irã e Turquia, onde se torna policial. Nessa cidade, que é dominada pelo tráfico, ele entra em conflito com o chefe da tribo local, mas logo se relaciona com uma professora também recém-chegada que lhe oferece ajuda.
Yamo (documentário)
Um retrato da Guerra Civil do Líbano e seus efeitos psicológicos na memória coletiva do país e no cotidiano das pessoas que sofreram com suas terríveis consequências. Inédito no Brasil.
Para Onde Ir? (drama)
Um dos primeiros clássicos do cinema do Líbano, trata da história de um homem que abandona sua família para viajar ao Brasil. Ele retorna vinte anos depois, porém ninguém mais o reconhece.
Não Alimente seu Cão (ficção)
No último dia do Ramadã, uma equipe improvisada de técnicos se encontra em um desgastado estúdio de televisão de Marrocos para filmar aquilo que sua Diretora, Rita, promete que será a entrevista de suas vidas, com o temido Ministro do Interior do regime do terror do passado, Driss Basri. O político promete revela os segredos da Monarquia exclusivamente para a jornalista, mas as divisões na equipe ameaçam a realização da entrevista. O filme é a segunda parte da trilogia que teve início com “São eles os cães” (exibido na 10a Mostra Mundo Árabe de Cinema) e “O mar de outrora” (exibido na 11a Mostra Mundo Árabe de Cinema).
Sanaúd: Voltaremos (curta, documentário)
Em abril de 1980, uma delegação brasileira – com membros da Comissão de Justiça e Paz, deputados, jornalistas, líderes sindicais, historiadores, representantes da UNE e da comunidade negra – viajou para o Oriente Médio. No Líbano, os brasileiros foram recebidos por Yasser Arafat, e conheceram de perto o drama do povo palestino, que expulso de sua terra, luta hoje pela justiça e pela paz. Este documento foi produzido por uma equipe de cinema independente, nos campos de refugiados palestinos da Síria e do Líbano.
Fora do Quadro: Revolução até a vitória (documentário)
Off Frame lida com a história e o desenvolvimento do cinema militante no Oriente Médio. O filme investiga os motivos e as circunstâncias por trás deste gênero e questiona seu fim dramático em 1982. Ao ressuscitar uma memória esquecida de luta, reanima o que está dentro do quadro, mas também tece uma reflexão crítica procurando o que está fora dele. O filme é construído a partir de uma seleção de materiais inéditos de arquivos do período revolucionário do cinema palestino.
3000 Noites (drama)
Layla, uma jovem professora palestina é levada à cadeia após ser acusada falsamente e condenada a 8 anos de prisão. Ela é transferida para um presídio feminino de segurança máxima em Israel onde se depara com um ambiente aterrorizante no qual presos políticos palestinos dividem a cela com os presos israelenses. Quando ela descobre que está grávida, o diretor da prisão a pressiona para abortar. Mesmo assim, ela dá à luz ao seu filho e luta para protegê-lo e educá-lo dentro da prisão. Quando as condições da cadeia se deterioram, os presos palestinos decidem se rebelar e o diretor ameaça levar seu filho. Em um momento de verdade Layla é forçada a fazer escolhas que vão mudar sua vida para sempre.
O Sonho (documentário)
Filmado dois anos antes dos massacres de 1982, O Sonho traça uma série de entrevistas com refugiados palestinos dos campos de Sabra, Shatila, Bourj el-Barajneh, Ain al-Hilweh e Rashidieh no Líbano. Durante as entrevistas, o diretor pergunta sobre os sonhos que as pessoas têm durante a noite. Os sonhos sempre convergem para a Palestina. Durante a filmagem, Mohamad Malas morava nos campos, onde realizou entrevistas com mais de 400 pessoas. Em 1982, com os massacres de Sabra e Shatila, que tirou a vida de várias pessoas entrevistadas, ele parou de trabalhar no projeto. Em 1986, Malas voltou ao seu projeto e editou as filmagens para este filme.
fonte: Instituto da Cultura Árabe