O cineasta Jean Cocteau é um artista completo, passa pela poesia, vai para a pintura e desenho, anda na dramaturgia e se aventura como escultor. O CCBB traz filmes do artista e de cineastas que foram inspirados pelo surrealismo de suas obras, a mostra conta também com um debate mediado por Adalberto Müller e de Denílson Lopes no dia 16
A mostra vai do dia 01 até 26.03 com ingresso a 10$ e a meia 5$
Programação
Quarta 01.03
18h – O Sangue de Um Poeta (Jean Coctea – 1930 – 55 min)
Hearts of Age (William Vance, Orson Welles – 1934 – 8 min)
19h30 – Os Guarda-Chuvas do Amor (Jacques Demy, 1964, 91 min) (Roberto Rossellini, 1948, 69 min)
Quinta 02.03
17h30 – Pele de Asno (Jacques Demy, 1970, 91 min)
19h30 – A Bela e a Fera (Jean Cocteau, René Clément – 1946 – 96 min)
Sexta 03.03
17h30 – A Águia de Duas Cabeças (Jean Cocteau – 1948 – 93 min)
19h30 – Vocês Ainda Não Viram Nada! (Alain Resnais, 2012, 115 min)
Sábado 04.03
17h30 – Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959, 99 min, com áudiodescrição)
19h30 – Duas Garotas Românticas (Jacques Demy, 1967, 120 min)
Domingo 05.03
17h30 – Hiroshima Meu Amor
19h30 – O Ano Passado em Marienbad (Alain Resnais, 1961, 94 min) (Alain Resnais, 1961, 94 min)
Segunda 06.03
18h – O Amor (Roberto Rossellini, 1948, 69 min)
19h30 – As Damas do Bois de Boulogne (Robert Bresson, 1945, 86 min)
Quarta 08.03
18h – Zero em Comportamento (Jean Vigo, 1933, 44 min)
The Hearts of Age (William Vance, Orson Welles – 1934 – 8 min)
19h30 – Traité de Bave et D’eternité (Isidore Isou, 1951, 123 min
Quinta 09.03
17h30 – Os Guarda-Chuvas do Amor (Jacques Demy, 1964, 91 min)
19h30 – Duas Garotas Românticas (Jacques Demy, 1967, 120 min)
Sexta 10.03
17h30 – Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959, 99 min, com áudiodescrição)
19h30 – Hiroshima Meu Amor
Sábado 11.03
17h30 – Parking (Jacques Demy, 1985, 95 min)
19h30 – Vocês Ainda Não Viram Nada! (Alain Resnais, 2012, 115 min)
Domingo 12.03
16h – As Damas do Bois de Boulogne (Robert Bresson, 1945, 86 min)
18h – Zero em Comportamento (Jean Vigo, 1933, 44 min)
Hearts of Age (William Vance, Orson Welles – 1934 – 8 min)
Segunda 13.03
17h30 – Les Enfants Terribles (Jean-Pierre Melville, 1950, 105 min)
19h30 – O Ano Passado em Marienbad (Alain Resnais, 1961, 94 min)
Quarta 15.03
15h – O Amor (Roberto Rossellini, 1948, 69 min)
19h30 – O Sangue de Um Poeta (Jean Coctea – 1930 – 55 min)
O Belo Indiferente (Jacques Demy, 1957, 29 min)
Quinta 16.03
18h – A Bela e a Fera (Jean Cocteau, René Clément – 1946 – 96 min)
19h45 – Debate com Adalberto Müller e de Denílson Lopes
Sexta 17.03
18h – Jean Cocteau Autorretrato de Um Desconhecido (Edgardo Cozarinsky, 1985, 68 min)
19h30 – A Águia de Duas Cabeças (Jean Cocteau – 1948 – 93 min)
Sábado 18.03
16h – Les Enfants Terribles (Jean-Pierre Melville, 1950, 105 min)
18h – Cocteau e Companhia (Jean-Paul Fargier, 2003, 52 min)
19h30 – O Pecado Original (Jean Cocteau – 1948 – 105 min)
Domingo 19.03
16h – Parking (Jacques Demy, 1985, 95 min)
18h – Orfeu (Jean Cocteau – 1950 – 95 min)
Segunda 20.03
17h – Traité de Bave et D’eternité (Isidore Isou, 1951, 123 min
19h30 – O Testamento de Orfeu (Jean Cocteau – 1960 – 77 min) (Jean Cocteau – 1950 – 95 min)
Quarta 22.03
17h30 – Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959, 99 min, com áudiodescrição)
19h30 – Les Enfants Terribles (Jean-Pierre Melville, 1950, 105 min)
Quinta 23.03
17h30 – O Pecado Original (Jean Cocteau – 1948 – 105 min)
19h30 – Jean Cocteau Autorretrato de Um Desconhecido (Edgardo Cozarinsky, 1985, 68 min)
Sexta 24.03
18h – Cocteau e Companhia (Jean-Paul Fargier, 2003, 52 min)
19h30 – Pele de Asno (Jacques Demy, 1970, 91 min)
Sábado 25.03
15h30 – O Sangue de Um Poeta (Jean Coctea – 1930 – 55 min)
O Belo Indiferente (Jacques Demy, 1957, 29 min)
17h30 – Orfeu (Jean Cocteau – 1950 – 95 min)
19h30 – O Testamento de Orfeu (Jean Cocteau – 1960 – 77 min) (Jean Cocteau – 1950 – 95 min)
Domingo 26.03
14h30 – O Amor (Roberto Rossellini, 1948, 69 min)
16h – A Águia de Duas Cabeças (Jean Cocteau – 1948 – 93 min)
18h – A Bela e a Fera (Jean Cocteau, René Clément – 1946 – 96 min)
Sinopse
Sangue de Um Poeta – Jean Cocteau
Um Jovem artista desenha um rosto numa tela. De repente, a boca no desenho ganha vida e começa a falar. O artista tenta se livrar dela com sua mão, mas quando ele olha, encontra-a viva em sua palma. A estátua ganha vida e diz que a única saída do estúdio é através do espelho.
A Bela e a Fera – Jean Cocteau, René Clément
“A Bela e a Fera” é a adaptação do conto de fadas homônimo, escrito em 1757 por Jeanne-Marie Leprince de Beaumont. Uma bela Jovem toma o lugar de seu pai como prisioneira de uma fera misteriosa, que deseja se casar com ela. Os estúdios Disney também adaptaram o conto de fadas de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, primeiro para uma versão animada, em 1994, de enorme sucesso de público, com músicas de Tim Rice e trilha sonora de Hans Zimmer, e depois, baseando-se na animação, para uma versão em “live action” com a atriz Emma Watson no papel de Bela.
A Águia de Duas Cabeças – Jean Cocteau
O poeta Stanislas entra no quarto da rainha, que vive reclusa após a morte do rei, com a intenção de matá-la e depois se suicidar, mas eles se apaixonam. Stanislas quer que ela ganhe novamente poder político aparecendo em público, enquanto ela tenta convencê-lo a fugirem.
O Pecado Original – Jean Cocteau
Quando Michel conta a seus pais que está apaixonado, sua mãe Yvonne se desespera, pois acredita que o perderá, e seu pai Georges se angustia porque é sua amante, Madeleine, que seu filho ama. A tia solteira de Michel, Léo, resolve ajudá-los a separar Michel e Madeleine, mas muda de idéia e decide unir os amantes novamente.
Orfeu – Jean Cocteau
Orfeu é um poeta que se torna obcecado com a Morte (a Princesa). Eles se apaixonam. A esposa de Orfeu, Eurídice, morre, e Orfeu a segue no Mundo dos Mortos. Embora tenham se envolvido, a Princesa manda Orfeu de volta, para prosseguir com sua vida ao lado de Eurídice.
O Testamento de Orfeu – Jean Cocteau
O Poeta olha para sua vida e sua obra, relembrando suas inspirações e obsessões.
FILMES BASEADOS EM OBRAS DE COCTEAU
O Amor – Roberto Rossellini
No primeiro episódio, uma mulher com o coração partido fala com seu ex-amante no telefone. No segundo. Uma mulher acredita que está grávida do filho de São José.
Les Enfants Terribles – Jean-Pierre Melville
Os irmãos adolescentes Paul e Elisabeth vivem juntos em um quarto, onde desenvolvem vários jogos privados com fortes tons eróticos. Gérad, amigo de Paul, está secretamente apaixonado por Elisabeth. Quando Elisabeth apresenta sua nova amiga Agathe para Paul, ele imediatamente se apaixona por ela.
O Belo Indiferente – Jacques Demy
Num pequeno quarto de hotel, uma mulher espera e telefona para um bar para saber notícias do seu amante, Emile. Ele entra, deita-se na cama e abre o jornal. Ela o repreende. Ela monologa, ameaça, suplica, furiosa ou submissa. Ele dorme e depois sai, sem uma palavra.
ROTEIROS OU ADAPTAÇÕES PARA O CINEMA DE COCTEAU
As Damas do Bois de Boulogne – Robert Bresson
Uma dama da sociedade planeja o casamento entre seu amante e uma dançarina de cabaré, que é essencialmente uma prostituta.
INFLUENCIADOS POR COCTEAU
The The The The Hearts of Age – William Vance, Orson Welles
Uma cena nos Estados Unidos colonial. Uma velha senhora se senta ao lado de sino enquanto um homem em blackface toca o badalo. Da porta de cima emerge um homem velho, vestido como um dândi. O homem em blackface se enforca. Na escuridão, o dândi toca o piano. Ele é a Morte?
Traité de Bave et D’eternité – Isidore Isou
Isidore Isou, líder dos Letrista, ataca os filmes convencionais e oferece uma forma inovadora de fazer cinema através de arranhões na película, dessincronia entre som e imagem e desconstrução do roteiro. Ele quer renovar a sétima arte da mesma maneira que tentou revolucionar a literatura.
Hiroshima, Meu Amor – Alain Resnais
Hiroshima, 1959. Uma atriz francesa vem de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Ela tem um affair com um arquiteto japonês. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças vêm à tona enquanto esperam, de forma aflita, a hora da partida dela. Roteiro de Marguerite Duras.
Os Incompreendidos – François Truffaut
História intensamente tocante sobre adolescente incompreendido que, deixado sem atenção, entra para a vida de pequenos crimes. Primeiro filme sobre o personagem Antoine Doinel.
O Ano Passado em Marienbad – Alain Resnais
Em um castelo, a ambígua história de um homem e uma mulher que podem, ou não, ter se encontrado ano passado em Marienbad.
Os Guarda-Chuvas do Amor – Jacques Demy
Guy Foucher é um jovem de 20 anos que trabalha como mecânico. Ele é apaixonado por Geneviève, cuja mãe não vê como Guy pode manter uma família. Ele é convocado para o serviço militar e ela descobre estar grávida. Surge o dilema: esperar o retorno do amado ou seguir adiante?
Duas Garotas Românticas -Jacques Demy
Delphine e Solange são duas irmãs de 25 anos que vivem em Rochefort, na França. Delphine é professora de dança, enquanto Solange ensina piano. Ambas sonham em encontrar um grande amor, assim como os rapazes que chegam à cidade e passam a frequentar o bar da família.
Pele de Asno – Jacques Demy
Uma fada-madrinha ajuda a princesa a se disfarçar para que não tenha que se casar com o homem que não ama, seu próprio pai. Adaptação do conto-de-fadas de Charles Perrault..
Parking – Jacques Demy
Atualização da história de Orfeu e Eurídice. Jacques Demy refilma o clássico Orfeu, de Jean Cocteau, transpondo-o para a cena rock dos anos 1980.
Vocês Ainda Não Viram Nada! – Alain Resnais
Do túmulo, dramaturgo Antoine d’Anthac reúne todos os amigos que apareceram durante os anos em sua peça “Eurídice”. Esses atores assistem a gravação da peça, feita pela jovem companhia, La Compagnie de la Colombe. Amor, vida, morte e amor depois da morte ainda têm lugar no palco?
Zero em Comportamento -Jean Vigo
Um grupo de quatro meninos se rebela contra o sistema repressivo e as rígidas regras de um colégio interno francês em um dia festivo. Um verdadeiro ato de rebelião é instaurado na escola, e ganha ares de surrealidade, resultado das leituras libertárias da infância.
DOCUMENTÁRIOS
Jean Cocteau Autorretrato de Um Desconhecido – Edgardo Cozarinsky
A trama desse filme é dada pela voz e pela mão do poeta que ata e desata seu traço para passar da escrita ao desenho
Cocteau e Companhia – Jean-Paul Fargier
Jean Cocteau desenha diante da câmera e vemos evoluir a linha à maneira de um músico de jazz, ou como a escrita em ação. Esta linha constitui a figura central do filme, que traça um retrato do artista, mostrando as interações constantes e a essência de uma pesquisa extensa e eclética.
fonta: CCBB
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