O Tremor, do diretor estreante Balaji Vembu Chelli.

Sinopse

Um fotojornalista recebe a missão de ir até uma pequena vila na Índia atingida por um terremoto, para registrar imagens da tragédia. Ansioso por ser sua primeira grande cobertura, ele chega ao lugar antes dos outros jornalistas. Lá, porém, encontra apenas locais vazios e poucas pessoas, que não sabem ou fingem não saber sobre o terremoto. O fotógrafo passa a explorar a região das montanhas em busca do desastre, e, à medida em que o mistério aumenta, a neblina que ele enfrenta fica cada vez mais densa.

Crítica

Enquanto o fotojornalista percorre as montanhas em seu carro seguindo até a região de Kookal a caminho de um vilarejo afetado por um terremoto ele se depara com personagens estranhos em seu caminho, pessoas que aparentemente não sabem ou não querem falar sobre o evento e a cada evolução em sua jornada ele se vê mais longe de seu objetivo.

A sensação de estranheza paira na densa e nebulosa montanha enquanto o Jornalista segue pela sinuosa estrada, a subindo e descendo diversas vezes embalado pelos sons da natureza entre ruídos e barulhos. A repetição junto a estranheza capta o expectador perigosamente beirando ao tedioso.

Um filme regional que lida com o peso do esquecimento daqueles que necessitam mais de ajuda, um vilarejo devastado por um terremoto do qual ninguém fala é só mais uma história dentre muitas perdidas na montanha. Com tom intimista, podemos notar aqui que seu diretor tem um bom caminho a seguir.

O longa apesar de ter 71 minutos tem cara de curta-metragem. De fato, o único problema é justamente essa cara de curta-metragem que faz com que vários momentos sejam esticados para cobrir o tempo de exibição, o mistério cuidadosamente manipulado e tendência ao experimental do filme mostram um diretor em potencial a se ficar de olho.