[Online e gratuito] 10olhares – Mostra de Cinema Brasileiro de 2010-2020

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A mostra 10olhares vai exibir de 22 – 30.04 diversas produções feitas no período de 2011 à 2020, conta com 43 longas e 28 curtas que fizeram a diferença no nosso audiovisual.

A mostra é a terceira parte, sido anteriormente uma em 2001 referente ao cinema dos anos 90 e outra em 2011 com os filmes dos anos 2000, agora o foco é entre as produções realizadas entre 2011 à 2020. A mostra será exibida pela plataforma da Belas À La Carte, tem produção da CUP FILMES e foi financiada através da Lei de Emergência Cultural Proac Expresso Lab (Lei Aldir Blanc).

Além dos filmes, a mostra conta com debates gravados entre os curadores de cada segmento e especialistas, o evento é dividido em 10 Olhares, e cada um com seu curador próprio:

→ olhar_ CachoeiraDoc – com bate-papo “Desaguar em cinema: retomar territórios invadidos” [link do bate-papo]
→ olhar_ CAROL ALMEIDA – com bate-papo “A cidade e as brechas ocupadas” [link do bate-papo]
→ olhar_ CLÉBER EDUARDO – com bate-papo “Espaços concretos de vidas em cinema” [link do bate-papo]
→ olhar_ Erly Vieira Jr – com babte-papo “De corpo a corpo: personagens transbordantes, espectadorXs desejantes” [link do bate-papo]
→ olhar_ HEITOR AUGUSTO – com bate-papo “O corpo, novamente: notas sobre a Terra Brasilis” [link do bate-papo]
→ olhar_ JANAÍNA OLIVEIRA – com bate-papo “Cotidiano singular” [link do bate-papo]
→ olhar_ KÊNIA FREITAS – com bate-papo “Movimentos fabulares” [link do bate-papo]
→ olhar_ LEONARDO BOMFIM – com bate-papo “Era uma vez, era outra vez…” [link do bate-papo]
→ olhar_ PEDRO AZEVEDO – com bate-papo “O mundo em desencanto” [link do bate-papo]
→ olhar_ RAFAEL PARRODE – com bate-papo “Desvios do contemporâneo” [link do bate-papo]

 

10olhares – Mostra de Cinema Brasileiro

Quando: 22 – 30.04
Quanto: Grátis, não é necessário cadastro
Onde: Belas À La Carte 
Site oficial: 10olhares.com

Link direto para os filmes no título deles

 

olhar_ CachoeiraDoc – Desaguar em cinema: retomar territórios invadidos

Martírio 
Dir. Vincent Carelli, Brasil, 2016, 162 min, 12 anos
O retorno ao princípio da grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

Ressurgentes: um filme de ação direta 
Dir. Dácia Ibiapina, Brasil, 2014, 74 min, 12 anos
Documentário. Este filme tangencia o pensamento político, a visão de mundo, bem como as ações diretas de um grupo de militantes de movimentos autônomos do Distrito Federal do Brasil no período de 2005 a 2013

Retratos de identificação 
Dir. Anita Leandro, Brasil, 2014, 72 min, 12 anos
Dois combatentes da luta contra a ditadura militar no Brasil se deparam, pela primeira vez, com fotografias de suas respectivas prisões, tiradas pela polícia. O passado retorna.

A cidade É uma só?
Dir. Adirley Queirós, Brasil, 2011, 79 min, 10 anos
Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a Ceilândia como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade

Bicicletas de Nhanderú 
Dir. Ariel Duarte Ortega e Patricia Ferreira (Keretxu), Brasil, 2011, 48 min, livre
Uma imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbya-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.

Travessia 
Dir. Safira Moreira, Brasil, 2017, 5 min, livre
Num ensaio visual íntimo e poético, Travessia procura registros fotográficos de famílias negras. Enquanto explora histórias pessoais, o filme gradualmente adota uma postura crítica em relação à estigmatização e quase ausência de retratos de pessoas negras.
Finalmente, nos afetando com uma contra-narrativa visual sensível do que permaneceu invisível.

Eu, Travesti? 
Dir. Leandro Santos, Brasil, 2014, 4 min, 14 anos
Um corpo e uma voz nus diante do mundo.

Relatos Tecnopobres 
Dir. João Batista Silva, Brasil, 2019, 13 min, 16 anos
Após o apocalipse político de 2019, uma série de violações aos direitos humanos foram cometidas contra as populações tradicionais e periféricas, visando sua extinção. Em 2035 os sobreviventes articulam uma revolução

olhar_ CAROL ALMEIDA – A cidade e as brechas ocupadas 

Esse amor que nos consome 
Dir. Allan Ribeiro, Brasil, 2012, 80 min, 12 anos
Gatto e Barbot são companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um casarão abandonado no centro do Rio de Janeiro. Ali, eles passam a viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia se mistura à criação artística e à crença em seus orixás. Através da dança eles se espalham pela cidade, marcando seus territórios.

Nova Dubai
Dir. Gustavo Vinagre, Brasil, 2014, 55 min, 18 anos
Num bairro de classe média numa cidade do interior do Brasil, a especulação imobiliária ameaça os espaços afetivos da memória de um grupo de amigos. Sua resposta diante dessa iminente transformação é praticar sexo em locais públicos e nessas construções.

Batguano 
Dir. Tavinho Teixeira, Brasil, 2014, 74 min, 18 anos
Éramos então um só ser duplo vivo transformado com duas cabeças pensando e logo nos tornamos símbolo da perfeição do novo ser em sua máxima evolução e potência e desejo e vontade e expansão e começamos a viajar pelo universo por todas as galáxias divulgando nossa dupla de repentistas punk-rock completos porque a Terra havia ficado pequena demais para nós dois

Tremor Iê 
Dir. Elena Meirelles e Lívia de Paiva, Brasil, 2019, 87 min, livre
Quando Janaína consegue fugir, Cássia, à espreita, recebe de volta a amiga desaparecida desde uma manifestação popular de 2013. Mesmo quando um governo ainda mais autoritário assume o país, mãos incansáveis costuram a corda que trança a fuga, e um sequestro pode libertar outras presas políticas e trazer o eco dos tambores de volta.

A maldição tropical 
Dir. Luisa Marques e Darks Miranda, Brasil, 2016, 14 min, livre
Uma fricção entre dois projetos de nação forjados para o Brasil em meados do século XX: um imaginário tropical, personificado por Carmen Miranda e um modernismo tardio que se instaurou no Brasil no fim dos anos 50 e no início dos 60, corporificado no Rio de Janeiro pelo Parque do Flamengo.

Quebramar 
Dir. Cris Lyra, Brasil, 2019, 27 min, livre
Um grupo de jovens lésbicas de São Paulo viajam à praia para passar o ano novo. Lá, constroem refúgio físico e emocional para seus corpos e afetos através da amizade e da música. Nesse ambiente seguro e de cuidados mútuos, podem relaxar.

Estamos todos aqui 
Dir. Chico Santos e Rafael Mellim, Brasil, 2018, 20 min, 10 anos
Rosa, expulsa de casa, precisa construir seu próprio barraco. Enquanto isso, um projeto de expansão do maior porto da América Latina avança, não só sobre Rosa, mas sobre todos os moradores da Favela da Prainha

A felicidade delas 
Dir. Carol Rodrigues, Brasil, 2019, 14 min, 14 anos
Duas meninas fogem juntas da polícia depois de uma manifestação. Apesar da violência, buscam uma forma de viver o seu desejo

olhar_ CLÉBER EDUARDO – Espaços concretos de vidas em cinema 

A vizinhança do tigre 
Dir. Affonso Uchôa, Brasil, 2014, 94 min, 16 anos
Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem. Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias

Baronesa 
Dir. Juliana Antunes, Brasil, 2017, 70 min, 16 anos
Andreia quer se mudar. Leid espera pelo marido preso. Vizinhas em um bairro na periferia de Belo Horizonte, elas tentam se desviar dos perigos de uma guerra do tráfico e evitar as tragédias trazidas junto com a chuva

Diz a ela que me viu chorar 
Dir. Maíra Bühler, Brasil, 2019, 86 min, 16 anos
Moradores de um hotel no centro de São Paulo vivem amores tumultuados por sua condição vulnerável. O edifício é parte de um programa municipal de redução de danos para usuários de crack prestes a ser extinto. Entre escadas circulares, quartos decorados, viagens de elevador e ao som das músicas do rádio, os personagens são atravessados por sentimentos de amor romântico e medo da perda. Diz a ela que Me Viu Chorar, retrata um grupo de pessoas reunidas por laços fortes em frágil abrigo.

Um filme de verão 
Dir. Jo Serfaty, Brasil, 2019, 94 min, 14 anos
É o fim do ano letivo, chega o calor e com ele a falta de energia na periferia do Rio de Janeiro. Karol, Junior, Ronaldo e Caio têm um verão difícil pela frente. Num país onde as condições de vida são cada vez mais precárias, estes quatro jovens enfrentarão as incertezas da idade adulta, vão inventar novas, talvez impensáveis, formas de continuar a crescer e a sonhar

Filme para poeta cego 
Dir. Gustavo Vinagre, Brasi, 2012, 25 min, 14 anos
Um documentário sobre o poeta Glauco Mattoso: cego, masoquista, podólatra e gay

Chico 
Dir. Irmãos Carvalho, Brasil, 2016, 22 min, 12 anos
2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.

Estado Itinerante 
Dir. Ana Carolina Soares, Brasil, 2016, 25 min, livre
Vivi quer escapar de uma relação opressora. Em período de experiência como cobradora de ônibus, ela trabalha desejando não voltar para casa. A semana passa rápido, entre as paradas no ponto final e o itinerário os encontros com outras cobradoras fortalecem a mulher trabalhadora e seu desejo de fuga. Logo é final de semana e o centro de Belo Horizonte já não parece tão longe do bairro Boa Vista.

Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides 
Dir. Gabriel Martins, Brasil, 2011, 17 min, 12 anos
Dona Sônia quer vingança.

olhar_ Erly vieira Jr – De corpo a corpo: personagens transbordantes, espectadorXs desejantes

Corpo Elétrico 
Dir. Marcelo Caetano, Brasil, 2017, 94 min, 16 anos
O verão está chegando e Elias tem sonhado muito com o mar. Na fábrica em que trabalha, as responsabilidades aumentam à medida em que o fim de ano se aproxima. Depois de uma noite fazendo hora extra, Elias e os operários decidem sair e tomar uma cerveja. É quando novas possibilidades de encontros surgem no horizonte de Elias

Praia do futuro
Dir. Karim Aïnou, Brasil / Alemanha, 2014, 106 min, 14 anos
Donato trabalha como salva-vidas, e seu irmão caçula tem grande admiração por ele, devido à coragem demonstrada ao se atirar no mar para resgatar desconhecidos. Um deles é Konrad, um alemão de olhos azuis que muda por completo a vida de Donato após ser salvo por ele. É quando Ayrton, querendo reencontrar o irmão, parte para Berlim.

As Boas Maneiras
Dir. Juliana Rojas e Marco Dutra, Brasil / França, 2017, 135 min, 14 anos
Clara, enfermeira solitária da periferia de São Paulo, é contratada pela rica e misteriosa Ana como babá de seu futuro filho. Uma noite de lua cheia muda para sempre a vida das duas mulheres.

Meu nome é Bagdá 
Dir. Caru Alves de Souza, Brasil, 2020, 99 min, 14 anos
Bagdá é uma skatista de 17 anos que vive na Freguesia do Ó, um bairro da periferia da cidade de São Paulo. Bagdá anda de skate com um grupo de meninos skatistas do bairro e passa boa parte de seu tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda

Perifericu 
Dir. Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira, Brasil, 2019, 22 min, 16 anos
Luz e Denise cresceram em meio às adversidades de ser LGBT no extremo sul da cidade de São Paulo. Entre o vogue e as poesias, do louvor ao acesso a cidade. Os sonhos e incertezas da juventude inundam suas existências

Minha história é outra 
Dir. Mariana Campos, Brasil, 2019, 22 min, 14 anos
O amor entre mulheres negras é mais que uma história de amor? Niázia, moradora do Morro da Otto, abre a sua casa para compartilhar as camadas mais importantes na busca por essa resposta. Já a estudante de direito Leilane nos apresenta os desafios e possibilidades de construir uma jornada de afeto com Camila

Peixe
Dir. Yasmin Guimarães, Brasil, 2019, 16 min, 12 anos
Marina é uma jovem mulher que trabalha em Belo Horizonte realizando entregas com a sua bicicleta.

Latifúndio 
Dir. Érica Sarmet, Brasil, 2017, 11 min, 18 anos
O corpo não é uma materialidade idêntica a si própria ou meramente fática; é uma materialidade que carrega significado, se nada mais, e a maneira como o carrega é fundamentalmente dramática. Por dramático quero dizer que o corpo não é apenas matéria, mas uma contínua e incessante materialização de possibilidades

olhar_ HEITOR AUGUSTO – O corpo, novamente: notas sobre a Terra Brasilis 

Vamos fazer um brinde
Dir. Sabrina Rosa e Cavi Borges, Brasil, 2011, 75 min, 12 anos
Uma noite de reveillon amigos se reencontram para brindar suas histórias.

A batalha do passinho 
Dir. Emilio Domingos, Brasil, 2012, 72 min, 10 anos
O filme A batalha do passinho mostra como a cultura funkeira expandiuse via internet, ganhando terreno e levando o clima dos bailes para além das comunidades. O fenômeno do Passinho do Menor virou hit e deu início a uma série de respostas.

Baixo Centro 
Dir. Ewerton Belico e Samuel Marotta, Brasil, 2018, 80 min, 14 anos
Nos fragmentos de uma noite sem fim. Robert e Teresa se encontram, se conhecem e se separam pela força da opressão e pela ameaça da morte e da desaparição que se insinua continuamente. Circundados por Djamba, Gu e Luiza, a noite sugere encontros, êxtase, memórias de catástrofe e promessa irrealizada de felicidade. As sombras do amor de uma cidade que desmorona.

Um filme de dança 
Dir. Carmen Luz, Brasil, 2013, 90 min, livre
“E os negros? Onde estão os negros?”. A questão exposta em uma crônica de Nelson Rodrigues nos anos 60 do século passado ainda ressoa no Brasil do século XXI. O eco desta pergunta na dança cênica brasileira, foi o ponto de partida para a realização de Um Filme de Dança. Mesclando danças e entrevistas realizadas em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Nova York, o filme nos mostra a trajetória, o pensamento, o belo e contundente trabalho de alguns dos mais atuantes criadorxs pretxs de dança de diferentes gerações. O filme é uma homenagem à perseverança de bailarinas e bailarinos, coreógrafos e coreógrafas. Um tributo ao corpo negro, dono de sua própria dança.

Enquadro 
Dir. Lincoln Péricles, Brasil, 2016, 24 min, livre
Eles falam sobre seus trabalhos e o cotidiano.

Morde & Assopra 
Dir. Stanley Albano, 2020, 10 min, 14 anos
“Fui contemplada num programa de redução de danos da burguesia: um final de semana num casarão que meu avô já trabalhou! Depois de anos só cortando dobrado… a bicha preta quer virar artista de cinema. Será que eu estraguei seu filme?”

Pontes sobre abismos 
Dir. Aline Motta, Brasil, 2017, 9 min, livre
Instigada pela revelação de um segredo de família, Aline partiu em uma jornada à procura de vestígios de seus antepassados. Ela viajou para áreas rurais no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Portugal e Serra Leoa, pesquisando em arquivos públicos e privados e, ao mesmo tempo, criando uma contra-narrativa do que geralmente se conta sobre a forma como as famílias brasileiras foram formadas. Com base em suas experiências pessoais, o trabalho pretende discutir questões como o racismo, as formas usuais de representação, a noção de pertencimento e identidade em uma sociedade que ainda tenta um ajuste de contas com sua história violenta e as noções românticas de sua louvada miscigenação.

Tudo que é apertado rasga 
Dir. Fabio Rodrigues Filho, Brasil, 2019, 27 min, livre
Na tentativa de forjar uma ferramenta capaz de operar o corte por justiça, este filme retoma e intervém em imagens de arquivo, reestudando parte da cinematografia nacional à luz da presença e agência do ator e da atriz negra.

olhar_ JANAÍNA OLIVEIRA – Cotidiano singular 

Ela volta na quinta 
Dir. André Novais Oliveira, Brasil, 2014, 108 min, 12 anos
Alguém partiu, alguém ficou.

Outro fogo 
Dir. Guilherme Moura Fagundes, Brasil, 2017, 21 min, livre
Um registro sensorial das relações de afinidade e inimizade com o fogo na conservação do bioma Cerrado. Na companhia de moradores locais contratados para atuarem como brigadistas e, mais recentemente, como agentes de manejo, o curta-metragem explora os afetos estabelecidos com o fogo em meio às pirofobias do combate e às pirofilias do manejo. Além de documentar a luta contra incêndios e as técnicas de manipulação, o experimento cinematográfico aponta para uma antropologia visual mais que humana, onde forças ambientais como o calor, a vegetação e o vento compõem uma alteridade cuja condição
permanece ambígua.

Arábia 
Dir. Affonso Uchôa e João Dumans, Brasil, 2017, 96 min, 16 anos
Ao encontrar o diário de um trabalhador, numa vila operária em Ouro Preto, o jovem André entra em contato com a comovente trajetória de vida de Cristiano, em meio às mudanças sociais e políticas do Brasil nos últimos dez anos.

Filme de domingo 
de Lincoln Péricles, Brasil, 2020, 28 min, livre
Domingo de sol na quebrada. Um tio babão, uma mãe zika, uma criança artista.

Café com Canela 
Dir. Ary Rosa e Glenda Nicácio, Brasil, 2017, 103 min, 14 anos
Recôncavo da Bahia. Margarida vive em São Félix, isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando Violeta reencontra Margarida inicia-se um processo de transformação, marcado por visitas, faxinas e cafés com canela, capazes de despertar novos amigos e antigos amores.

No caminho com Mário 
Dir. Aldo Ferreira, Ariel Ortega, Leo Ortega, Patricia Ferreira, Ralf Ortega, Brasil, 2014, 21min, livre
Na aldeia Koenju, no Rio Grande do Sul, o jovem Mario e sua gang tiram onda com os desafios da realidade Mbya-Guarani de hoje.

Casa
Dir. Letícia Simões, Brasil, 2019, 94 min, 12 anos
Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa; Heliana, a mãe, está encarando uma séria crise depressiva que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo de idosos. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, Casa questiona o que é sanidade, o que é memória, o que é o feminino, o que é a solidão, o que é família, o que é casa.

Movimento 
Dir. Gabriel Martins, Brasil, 2020, 11 min, livre
Tereza, nascida na pandemia do Corona Vírus em 2020, é cuidada por seus pais Rimenna e Gabriel.

olhar_ KÊNIA FREITAS – Movimentos fabulares 

O que se move 
Dir. Caetano Gotardo, Brasil, 2012, 98 min, 14 anos
Três núcleos familiares precisam lidar com uma mudança brusca em suas vidas. Um olhar sobre os afetos que movem essas famílias e as três mães que cantam o amor por seus filhos em momentos difíceis.

Para todas as moças 
Dir. Castiel Vitorino Brasileiro, Brasil, 2019, 3 min, 12 anos
Eu agora vou falar para todas as moças. Eu agora vou bater, para todas as moças. Para todas as travestis, para todas elas. Eu agora vou fazer macumba para todas as bixas. Para todos os testículos femininos, para todas elas.

Yãmiyhex: as mulheres-espírito
de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, Brasil, 76 min, 2019, 14 anos
Após passarem alguns meses na Aldeia Verde, as yãmũyhex (mulheresespírito) e preparam para partir. Os cineastas Sueli e Isael Maxakali registram os preparativos e a grande festa para sua despedida. Durante os dias de festa, uma multidão de espíritos atravessa a aldeia. As yãmũyhex vão embora, mas sempre voltam com saudades dos seus pais e das suas mães.

Elekô 
Direção Coletiva – Mulheres de Pedra Brasil, 2015, 6 min, 16 anos
Um fio de poesia vermelha conduzindo a experiência audiovisual de fazer-se e afirmar-se na loucura das condições de ser negra e mulher. Olhando a história a partir do porto, reconhecer e afirmar as potências e a beleza. Parir do próprio sofrimento um horizonte de liberdade, apoio e colaboração. Encontrar na presença de outras mulheres a força do feminino e o sagrado sentido de ser, até poder celebrar a vida, em fêmea comunhão e sociedade.

Brasil S/A 
Dir. Marcelo Pedroso, Brasil, 2014, 72 min, 10 anos
No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson esteve cortando cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se engajar em sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil.

Kbela 
Dir. Yasmin Thayná, Brasil, 2015, 3 min, livre
Kbela é um curta-metragem de gênero experimental que se ramifica em diferentes linguagens artísticas, como literatura, teatro, e uma de suas inspirações é o filme “Alma no Olho” (1974) de Zózimo Bulbul

Vaga carne 
Dir. Grace Passô e Ricardo Alves Jr, Brasil, 2019, 45 min, 16 anos
Uma estranha voz toma posse do corpo de uma mulher. Juntos, a voz e o corpo procuram por pertencimento e por uma identidade própria enquanto questionam seus papéis dentro da sociedade. O filme é uma transcriação do espetáculo teatral da atriz e dramaturga Grace Passô.

Negrum3 
Dir. Diego Paulino, Brasil, 2018, 21 min, 14 anos
Entre melanina e planetas longínquos, Negrum3 propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora.

olhar_ LEONARDO BOMFIM – Era uma vez, era outra vez… 

A cidade dos piratas 
Dir. Otto Guerra, Brasil, 2018, 90 min, 16 anos
Inspirado nos famosos quadrinhos da cartunista Laerte. A história mescla a jornada de transição da artista e do diretor, que encara a morte após ser diagnosticado com câncer. Cria-se, então, um abismo caótico entre ficção e realidade na animação mais louca de todos os tempos.

Garoto 
Dir. Julio Bressane, Brasil, 2015, 76 min, 12 anos
Inspirado no conto de Jorge Luis Borges, “O assassino desinteressado Bill Harrigan”, Garoto segue um jovem casal por um lugar encantado, onde vive uma aventura amorosa e espiritual. Tudo muda quando o jovem comete um crime inesperado, que leva à separação dos dois. Mas um inquietante evento irá uni-los mais uma vez…

Os dias com ele 
Dir. Maria Clara Escobar, Brasil, 2013, 107 min, 12 anos
Uma jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história que são raramente expostos. Ele, um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar não fala sobre isso desde aquele tempo. Ela, uma filha em busca de sua identidade.

Antônio um dois três 
Dir. Leonardo Mouramateus, Brasil / Portugal, 2017, 95 min, 14 anos
Lisboa, Portugal. António (Mauro Soares) é um jovem que, após passar a noite fora de casa, é cobrado pelo pai devido a uma carta anônima que recebeu, dizendo que o filho abandonou a faculdade há cerca de um ano. Diante da situação, António foge de casa e encontra refúgio na casa de Mariana (Mariana Dias), a sua ex-namorada. Lá ele conhece Débora (Deborah Viegas), uma brasileira que alugou um quarto por um único dia, com quem acaba se envolvendo.

Luz nos trópicos 
Dir. Paula Gaitán, Brasil, 2020, 255 min, 14 anos
Luz nos trópicos, Paula Gaitán tece uma densa trama de histórias, linhas de tempo e cenários, mesclados com cosmologias indígenas, relatos de viagens e literatura antropológica. Inicialmente, a diretora acompanha um jovem de origem indígena. No início, ele está às margens do East River no inverno. Logo ele está viajando rio acima pela floresta brasileira até uma aldeia, onde é saudado como um velho amigo. Em um segundo enredo, a diretora acompanha um grupo de colonos europeus. Eles também estão viajando rio acima, coletando, possuindo e procurando uma posição de onde possam inspecionar a floresta e o rio. Cerca de 150 anos separam as duas camadas; às vezes, um mergulho na água dissolve essa separação no espaço de um segundo. Mais adiante, o filme vagueia para o norte novamente e as camadas colapsam umas nas outras. Entre o Lago Walden e a Amazônia fica apenas um corte. Luz nos Trópicos é uma homenagem à abundante vegetação da região amazônica, às matas da Nova Inglaterra no inverno e às populações indígenas das duas Américas. Um filme que flui tão livremente como um rio sinuoso.

olhar_ PEDRO AZEVEDO – O mundo em desencanto 

Medo do escuro 
Dir. Ivo Lopes Araújo, Brasil, 2015, 62 min,16 anos
“Um homem solitário vaga perdido por uma cidade pós-apocalíptica”.

Inferninho 
Dir. Guto Parente e Pedro Diógenes, Brasil, 2018, 82 min, 12 anos
Deusimar é a dona do Inferninho, bar que é um refúgio de sonhos e fantasias. Ela quer deixar tudo para trás e ir embora, para um lugar distante. Jarbas, o marinheiro que acaba de chegar, sonha em ancorar e fincar raízes. O amor que nasce entre os dois vai transformar por completo o cotidiano do bar

A seita 
Dir. André Antônio, Brasil, 2015, 70 min, 16 anos
2040 foi um ano importante pra mim por duas razões. A primeira é que foi o ano em que eu decidi deixar as Colônias Espaciais e voltar a morar no Recife. A segunda é que foi em 2040 que eu descobri a existência da Seita.

Sol Alegria 
Dir. Tavinho Teixeira e Mariah Teixeira, Brasil, 2018, 90 min, 18 anos
Uma excêntrica família viaja em uma missão pelo Brasil, durante a ditadura, tentando salvar a humanidade da extinção.

Canto dos ossos 
Dir. Jorge Polo e Petrus de Bairros, Brasil, 2020, 89 min, 16 anos
Duas amigas monstras decidem seguir rumos diferentes. Décadas depois da despedida, Naiana é professora do ensino médio em uma pequena cidade litorânea, onde um hotel em reforma emana estranha presença. A três mil quilômetros dali a noite devoradora envolve Diego.

olhar_ RAFAEL PARRODE – Desvios do contemporâneo

Já visto, jamais visto
Dir. Andrea Tonacci, Brasil, 2013, 54 min, 18 anos
Um diálogo entre as memórias de um autor e as imagens que filmou e guardou ao longo de 50 anos de atividade cinematográfica. Segmentos de vida nunca exibidos, nunca revistos e nunca editados. Uma reflexão sobre imagens que permaneceram à margem da memória, e de memórias à beira do esquecimento.

Tava, a casa de pedra 
Dir. Vincent Carelli, Patricia Ferrreira (Keretxu), Ariel Duarte Ortega, Ernesto Ignacio de Carvalho, Brasil, 2012, 78 min, livre
Memória, mito e história Mbya-Guarani sobre as reduções jesuíticas e a guerra guaranítica do século XVII no Brasil, Paraguai e Argentina.

Vermelha 
Dir. Getúlio Ribeiro, Brasil, 2019, 78 min, 12 anos
Dois homens viajam até região rural em busca de uma antiga raiz atingida por um raio. Enquanto eles extraem a raiz, Beto auxilia Gaúcho na reforma do telhado de sua casa, que passa a ser ameaçada diariamente por dívidas em atraso.

Guerra do Paraguay 
Dir. Luiz Rosemberg Filho, Brasil, 2016, 75 min, 16 anos
Um soldado volta da Guerra do Paraguay e encontra uma trupe de teatro nos dias de hoje. Um embate entre a guerra e a arte.

Filme de Aborto 
Dir. Lincoln Péricles, Brasil, 2016, 63 min, 12 anos
Proletária e proletário refletem sobre seus trabalhos e lidam com uma impossível gravidez.

 

Fonte: 10olhares.com

Carateca, amante de cinema, revisora e tradutora de inglês e italiano. Amo como minha profissão me conecta aos meus hobbies e com o FilmeSP conecto as pessoas aos festivais de cinema que acontecem em SP mas que são dificilmente divulgados.

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